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Caminho das infâncias - conexão com a natureza

"Dê às crianças a chance de amar a Terra,

antes de pedir que elas a salvem."

David Sobel


No que diz respeito às nossas e a todas as crianças, queremos que desabrochem plenamente, sejam felizes e saudáveis, cuidem do mundo e dele recebam cuidado. Mas estamos ofertando essa possibilidade? 💭


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🔎 Até a ciência se debruça sobre essa relação


Apesar de termos a importância da relação humano-natureza como ponto pacífico, estamos sempre nos nutrindo de pesquisas científicas (há quem goste desse embasamento e nós também!)


E estudos têm evidenciado a infância como território fértil para uma vida adulta com ações pró ambientais. 🌱


⭐ Um deles, "Impulsionados por sentimentos ou estimulados pelo contexto: como a experiência na natureza na infância moldam o comportamento pró-ambiental na vida adulta” (Yan et al. -2025), utilizou Sentimentos Ambientais (EF) e Contatos Ambientais (EC) como parâmetros para mensurar o quanto experiências na natureza na infância influenciariam comportamentos pró ambientais na vida adulta e PASME - ou não - concluiu que as experiências na natureza não são o suficiente para suscitar consciência ambiental no futuro.


Mas que vínculo emocional com natureza sim!

Ou seja, experiências positivas e mediadas, integrantes de um PERCURSO.


É o que sempre falamos - contato não basta, é necessária conexão, e essa acontece à partir de nós - pessoas adultas de referência. 🌀


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*"Driven by feelings or stimulated by context: how childhood nature experience shaped adulthood pro-environmental behavior"


Por que essa relação é importante?


⭐ Uma das extinções que está em curso é a “extinção da experiência” (Extinction of Experience - Gaston & Soga, 2020) - a perda progressiva das interações humanas com a natureza.


Segundo os autores, isso afeta não só a saúde individual - contribuindo para o aumento de problemas como obesidade, ansiedade e miopia - como compromete a integridade coletiva, pois reduz o envolvimento das pessoas numa vida cidadã e política pró ambiental.


⭐ Por falar nisso, Louise Chawla, pesquisando biografias de ativistas ambientais, encontrou na infância o solo fértil onde foi plantada a poderosa semente da conexão com a natureza, em experiências significativas com pessoas adultas de referência. (Life Paths Into Effective Environmental Action - Chawla, 1999)


⭐ Outro estudo reafirma que as experiências sensoriais e afetivas na infância - geralmente vividas ao lado de pessoas adultas significativas - são um dos principais catalisadores de ação ambiental na vida adulta. (Nature and the Life Course - Wells & Lekies, 2006)


Nesse sentido, a experiência conta muito mais do que o mero discurso ou até mesmo a transmissão de conceitos abstratos para a criança - como a noção da floresta Amazônica, distante, em detrimento da conexão com a natureza cotidiana, mesmo na cidade. 🍃


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O presente e futuro que queremos, se faz vivendo - o discurso não basta, é preciso amar e construir uma relação com a natureza em primeira pessoa.


Hoje atravessamos múltiplos colapsos originados do distanciamento da natureza. Conexão é a solução.


⭐ Richard Louv em seu livro “A última criança na natureza” faz uma afirmação alarmante: “nossas crianças são a primeira geração a serem criadas sem contato significativo com o mundo natural.”


⭐ Ele alerta para as consequências: “transtorno de déficit de natureza” tem impactos para a saúde física, emocional e social. Em contrapartida, estar na natureza restaura atenção, cognição e muito mais (The Cognitive Benefits of Interacting with Nature - Berman et al., 2009).


Por aqui sempre batemos na tecla dos benefícios, mas direcionar isso a experiências individuais não basta - é necessário inspirar pessoas a serem Sementores!


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No papel de cuidadoras, educadoras, mães e pais, acreditamos morar a maior possibilidade de multiplicarmos essas sementes, plantando-as no chão da infância.

Se você também sonha com um presente com plenitude e saúde para as infâncias e um futuro florescente, não deixe de vir para a Formação para o Desemparedamento das Infâncias!


Uma manhã de embasamento teórico, prática, relacional, para desemparedar a nós mesmas e nossas práticas, em nome das crianças de hoje e de amanhã.




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✨ Formação em Desemparedamento das Infâncias ✨

📅 02 de agosto • EMIA Jabaquara • 9h às 12h


No conteúdo programático:

🌱 Conceituação do desemparedamento e educação integral

🏙️ Desafios da infância nas cidades e como é possível superá-los

🍃 Vivências práticas com os quatro elementos da natureza

💗 Reconexão com o brincar livre e memórias afetivas

💬 Roda de conversa, trocas


Um convite para quem quer desenvolver repertório e segurança para cultivar as infâncias e o futuro em seu direito pleno à saúde, educação integral e natureza 🌻





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Referências Bibliográficas:

  • Gaston, K. J., & Soga, M. (2020). Extinction of Experience: The Need to Be More Specific. Ecology Letters, 23(9), 1395–1406. https://doi.org/10.1111/ele.13586

  • Chawla, L. (1999). Life Paths Into Effective Environmental Action. Journal of Environmental Education, 31(1), 15–26. https://doi.org/10.1080/00958969909598628

  • Wells, N. M., & Lekies, K. S. (2006). Nature and the Life Course: Pathways from Childhood Nature Experiences to Adult Environmentalism. Children, Youth and Environments, 16(1), 1–24.

  • Louv, R. (2005). Last Child in the Woods: Saving Our Children from Nature-Deficit Disorder. Algonquin Books.

  • Berman, M. G., Jonides, J., & Kaplan, S. (2008). The Cognitive Benefits of Interacting with Nature. Psychological Science, 19(12), 1207–1212. https://doi.org/10.1111/j.1467-9280.2008.02225.x

 
 
 

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